Os remetentes enfrentam obstáculos transfronteiriços

EUA—México
Tarifas recém-anunciadas
Em 1º de fevereiro de 2025, o governo dos EUA anunciou uma ampla tarifa de 25% para todos os produtos provenientes do México. Em 3 de fevereiro de 2025, foi anunciado que essas tarifas seriam suspensas por um período de um mês, enquanto novas negociações poderiam ocorrer. Se um acordo for fechado durante esse período, é possível que essa tarifa seja removida ou reduzida. Caso contrário, um aumento de 25% nas tarifas seria muito impactante, já que o México é o maior importador para os Estados Unidos.
Investimento do México em manufatura
O Plano México "da presidente Claudia Sheinbaum" é uma estratégia que visa melhorar a posição do México na cadeia global de fornecimento, atraindo US$ 277 bilhões em investimentos e promovendo a relocação de fábricas para o México. O plano inclui incentivos como 30 bilhões de pesos em benefícios fiscais e visa aumentar a produção nacional em 15% em setores como automotivo, aeroespacial e semicondutores. Esse movimento estratégico visa posicionar o México entre as 10 maiores economias do mundo até 2030.
As exportações mexicanas cresceram 4,1% em 2024, com a manufatura continuando a dominar o cenário comercial em 92,1% do total das exportações. Cinco estados do norte (Chihuahua, Coahuila, Nuevo León, Baja California e Tamaulipas) respondem por 55% das exportações do país, influenciando fortemente a atividade de frete transfronteiriço nessas regiões.
A indústria automotiva continua sendo a base da economia do México, alcançando um crescimento notável, produzindo quase quatro milhões de veículos em 2024 — um recorde histórico — e um aumento de 5,4% nas exportações em comparação com 2023. Com 80% das exportações destinadas ao mercado dos EUA, esse setor continua sendo um fator crucial da demanda de frete transfronteiriço.
desafios da transportadora no México
transportadora no México continuam a enfrentar desafios persistentes. A escassez de motoristas de caminhão, a dificuldade de recrutamento e o aumento do roubo de cargas (aumento de 16% em 2024) estão entre os principais problemas preocupantes. Além disso, os recentes aumentos de pedágio nas principais rotas, incluindo México-Cuernavaca, México-Querétaro e México-Puebla, estão aumentando o custo de operação.
As condições atuais do mercado mostram que a disponibilidade de equipamentos para o frete no sentido norte é alta, o que sugere possíveis desequilíbrios nos fluxos comerciais que podem afetar a lucratividade da transportadora, mas oferecem oportunidades para os embarcadores.
Enquanto dezembro de 2024 mostrou quedas sazonais típicas nos volumes de comércio (-2,3%), a expansão da base manufatureira e os incentivos governamentais para o nearshoring sugerem um forte potencial de crescimento da demanda por frete. No entanto, as preocupações com a segurança e os desafios de infraestrutura continuam sendo obstáculos significativos para as transportadoras que operam no mercado.
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EUA—Canadá
Tarifas recém-anunciadas
Em 1º de fevereiro de 2025, o governo dos EUA anunciou uma ampla tarifa de 25% para todos os produtos provenientes do Canadá, com exceção das commodities de energia ou recursos energéticos, que estarão sujeitas a uma tarifa de 10%.
O Canadá respondeu rapidamente com tarifas retaliatórias de 25% para mercadorias no valor de 30 bilhões de dólares, anunciadas em 3 de fevereiro de 2025. Mais tarde naquele dia, foi anunciado que essas tarifas seriam suspensas por um período de um mês, enquanto novas negociações poderiam ocorrer. Se um acordo for fechado durante esse período, é possível que essa tarifa seja removida ou reduzida. Essas tarifas certamente seriam impactantes, já que o Canadá é o segundo maior parceiro comercial dos EUA.
O impacto potencial de uma tarifa de 25% nas exportações do Canadá para os Estados Unidos, conforme mencionado pela atual administração dos EUA e pela resposta retaliatória do Canadá, é um desafio contínuo para os remetentes transfronteiriços.
Capacidade de mercado
Durante vários meses que antecederam o feriado de Natal, o mercado de frete favoreceu as cargas rumo ao norte para o Canadá, que eram muito procuradas pela transportadora. Após as férias e quando os carregadores e receptores nos Estados Unidos retomaram as operações e eliminaram os atrasos de fim de ano, o mercado mudou, tornando as cargas para o sul mais desejáveis, enquanto as cargas para o norte rapidamente se acumularam com capacidade limitada. O agravamento da situação está o efeito das recentes tempestades de neve em várias partes dos Estados Unidos.
Diminuição da capacidade da transportadora
A redução da capacidade de transporte, causada pelo desgaste normal das transportadoras durante o mercado fraco, afetou o frete internacional em ambas as direções. Contribuindo para essa tendência recente está o número considerável de caminhoneiros que tiram férias nessa época do ano para evitar o inverno. Na verdade, muitos motoristas do sul da Ásia, que representam quase um quinto da população canadense de caminhoneiros, voltam para casa durante o inverno. Essa escassez de motoristas, combinada com a capacidade já reduzida das transportadoras, levou a preços mais altos, pois os embarcadores se esforçam para encontrar transporte disponível.
Greve trabalhista ferroviária evitada
A ferrovia Canadian Pacific Kansas City (CPKC) emitiu um comunicado ao cliente em 28 de janeiro de 2025, anunciando que chegou a um acordo provisório com a Divisão de Manutenção de Funcionários Way da Conferência Ferroviária Canadense (TCRC-MWED) da Teamsters que evitaria a ocorrência de uma greve.
Uma greve semelhante ocorreu em agosto de 2024, o que resultou em aumentos de frete para movimentações intra-Canadá e uma interrupção na cadeia de fornecimento de entrada e saída, de modo que o acordo é uma notícia bem-vinda para o setor.